Moviola apresenta:
O Retrato do artista quando pede
Começamos nossa história na casa de Mara Soleil. Mara é atriz e utiliza a edícula da casas dos pais, para ensaiar seu Grupo de Teatro. Mara conversa com o pai:
– Ai papai! Está tudo pronto! Conseguimos levantar o espetáculo depois de um ano e meio de trabalhos de imersão, montamos um trupe de atores-criadores e nosso trabalho é vivo, dinâmico, contemporâneo e tem dramaturgia própria.
– Que bom minha filha, fico muito feliz. E vocês vão se apresentar onde?
– Bem, papai. Vamos enviar projetos para ver se conseguimos fechar algumas apresentações... Bem, na verdade, já fechamos algumas...
– Pôxa! Que bom minha filha! E onde serão?
– Serão 60 apresentações de graça, ao meio-dia, às segundas-feiras na praça da Sé, papai. É uma coisa que a moça chamou de contra-partida social. Eles divulgam o nome da Cia, dão uma graninha de produção e a gente dá os espetáculos.
– Sei... Então quer dizer que se fosse um pintor eles comprariam umas tintas e ele daria os quadros de graça?
Antes que a polêmica se estabeleça causando discórdia neste harmonioso lar, o Moviola direciona seus poderosos microfones para outra zona da cidade onde Maxuel conversa com seus companheiros de banda.
– Beleza rapaziada. O som tá muito maneiro. Todo mundo quebrando tudo. Agora é sair metendo a cara.
– ÔÔÔ Maxuel! E você pretende que a gente meta a cara onde?
– Ah, meu, tipo assim, vamo fazer uns projetos, entrar num cicuito do interior...
– O Tito fez um projetinho, não fez, Tito?
– Fiz, toma, esta aqui!
– Então, olha ai...mas peraí, Tito. O que que é isso que você escreveu aqui? Cesta Básica, vale transporte?
– Ah mano, contra-partida social, né mano. Eu pedi cesta Basica e vale-transporte pá nois aqui né mano. nóis também é social, né?
Bem, meu amigos, como vocês podem ver, as coisas descambara. A Cia de Mara teve problemas com a platéia na praça da sé quando uma das atriz colocou os seios de fora.
Mas acreditando no poder transformador do teatro, fizeram as sessenta apresentações e desmancharam a Cia. Hoje, Mara trabalha no escritório do pai.
Maxuel e sua banda não teve nenhum projeto aprovado.
O Retrato do artista quando pede
Começamos nossa história na casa de Mara Soleil. Mara é atriz e utiliza a edícula da casas dos pais, para ensaiar seu Grupo de Teatro. Mara conversa com o pai:
– Ai papai! Está tudo pronto! Conseguimos levantar o espetáculo depois de um ano e meio de trabalhos de imersão, montamos um trupe de atores-criadores e nosso trabalho é vivo, dinâmico, contemporâneo e tem dramaturgia própria.
– Que bom minha filha, fico muito feliz. E vocês vão se apresentar onde?
– Bem, papai. Vamos enviar projetos para ver se conseguimos fechar algumas apresentações... Bem, na verdade, já fechamos algumas...
– Pôxa! Que bom minha filha! E onde serão?
– Serão 60 apresentações de graça, ao meio-dia, às segundas-feiras na praça da Sé, papai. É uma coisa que a moça chamou de contra-partida social. Eles divulgam o nome da Cia, dão uma graninha de produção e a gente dá os espetáculos.
– Sei... Então quer dizer que se fosse um pintor eles comprariam umas tintas e ele daria os quadros de graça?
Antes que a polêmica se estabeleça causando discórdia neste harmonioso lar, o Moviola direciona seus poderosos microfones para outra zona da cidade onde Maxuel conversa com seus companheiros de banda.
– Beleza rapaziada. O som tá muito maneiro. Todo mundo quebrando tudo. Agora é sair metendo a cara.
– ÔÔÔ Maxuel! E você pretende que a gente meta a cara onde?
– Ah, meu, tipo assim, vamo fazer uns projetos, entrar num cicuito do interior...
– O Tito fez um projetinho, não fez, Tito?
– Fiz, toma, esta aqui!
– Então, olha ai...mas peraí, Tito. O que que é isso que você escreveu aqui? Cesta Básica, vale transporte?
– Ah mano, contra-partida social, né mano. Eu pedi cesta Basica e vale-transporte pá nois aqui né mano. nóis também é social, né?
Bem, meu amigos, como vocês podem ver, as coisas descambara. A Cia de Mara teve problemas com a platéia na praça da sé quando uma das atriz colocou os seios de fora.
Mas acreditando no poder transformador do teatro, fizeram as sessenta apresentações e desmancharam a Cia. Hoje, Mara trabalha no escritório do pai.
Maxuel e sua banda não teve nenhum projeto aprovado.
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